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Milho: estiagem e geadas ameaçam segunda safra no sul de MS


Foto: Antônio Rodrigues Neto/arquivo pessoal

Segundo técnico agrícola, se as chuvas previstas para o começo de maio se confirmarem, as perdas por seca devem ser pequenas Por Fernanda Custódio, de São Paulo

No Sul de Mato Grosso do Sul, as lavouras de milho segunda safra enfrentam um período de mais de 14 dias sem chuvas e com altas temperaturas. Apesar da preocupação, os produtores afirmam que a maior disponibilidade de água no solo tem evitado danos maiores nas lavouras. “As plantações de milho, que estão com 35 dias de germinação, ainda estão aguentando a ausência de chuvas graças à umidade no solo. Porém, perto de meio dia, as folhas do cereal se enrolam e nós acreditamos que possa haver requeima das folhas, o que pode afetar a produtividade das lavouras”, explica o produtor rural Luis Seibt, de Naviraí e Ponta Porã. Tradicionalmente, Seibt, que planta mais de 12 hectares nos dois municípios, colhe, em média, 105 sacas de milho por hectare. Mas nesta segunda safra, a perspectiva é que número se aproxime de 90 sacas do grão por hectare.

Em Laguna Carapã, o técnico agrícola da Casa da Lavoura Antônio Rodrigues Neto destaca que se as chuvas previstas a partir do dia 4 de maio se confirmarem, as perdas no rendimento das áreas deverão ser pequenas. “Mas se não tivermos a confirmação dessas precipitações, a produtividade pode cair bastante nesta temporada”, completa. E não é só a ausência de chuvas que tem preocupado os agricultores no sul do estado. Com o atraso registrado desde a semeadura da soja, por conta do clima irregular, em muitas regiões, o plantio do milho safrinha foi realizado no final de fevereiro, fora da janela ideal de cultivo, com isso, as lavouras ficaram mais expostas ao risco de geadas.

Ainda em janeiro, a Embrapa Agropecuária Oeste já havia alertado os produtores rurais sobre a possibilidade de geada forte em junho em cidades do sul de Mato Grosso do Sul. “Em junho, estaremos com o milho pendoando na nossa região e se a geada ocorrer poderemos ter perdas significativas de produtividade”, diz Seibt.

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